A moeda nacional – o Kwanza reforça, cada vez mais, o posicionamento no mercado, valorizando ante a cesta de moedas dos países com os quais Angola realiza regularmente trocas.
Segundo o Banco Nacional de Angola, contra os 522,329 kwanzas que custava cada dólar a sete de Fevereiro, um mês depois, são precisos só 475,025 kwanzas para comprar-se um dólar dos Estados Unidos da América. A variação é de cerca de 10 por cento.
Depois de nos últimos anos ter chegado nos perto dos 600 kwanzas, a queda para abaixo de 500 ocorreu a 20 de Fevereiro, num marco histórico bastante realçado por consultores internacionais.
Em relação ao Euro, cujo preço de 597,753 kwanzas já evidenciava queda face aos 602,976 kwanzas de preço médio, os actuais 524,372 kwanzas acentuam esse ganho de terreno da moeda nacional. Aqui a variação aproximou-se dos 15 por cento em cerca de um mês.
Segundo Eliseu Vunge, a reforma cambial iniciada está a contribuir para diminuir a diferença entre a taxa de câmbio oficial e do paralelo. Para ele, a moeda nacional já deveria ter concluído o ajustamento, após a reforma à política cambial iniciada, em 2018, pelo BNA, levando o Kwanza ao ponto de equilíbrio.
Por sua vez, o também economista António Estote disse não haver dúvidas que o Kwanza tem apreciado em relação ao dólar. Apreciou-se 80 kwanzas de 555 kz/USD a 31 de Dezembro de 2021 para Kz 475, segundo a última cotação de 4 de Março de 2022.
Já Fernando Vunge, também economista, afirma que a apreciação é decorrente de dois factores (liberalização do mercado cambial e o consequente aumento de participantes na oferta de divisas, através da plataforma da Bloomberg assim como do aumento do preço do petróleo no mercado internacional que tem impactado no aumento das Reservas Internacionais Líquidas.
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