Início Sociedade Excesso de peso e obesidade custam 1,2 mil milhões em Portugal

Excesso de peso e obesidade custam 1,2 mil milhões em Portugal

A obesidade e o excesso de peso representam um custo direto anual de 1,2 mil milhões de euros em Portugal, um valor equivalente a 0,6% da riqueza produzida no país, estima um estudo divulgado esta terça-feira.

“O custo direto do excesso de peso e obesidade foi estimado em cerca de 1,2 mil milhões de euros, aproximadamente 0,6% do PIB e 6% das despesas de saúde em Portugal”, conclui a pesquisa elaborada pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e pela consultora Evigrade-IQVIA.

Segundo as conclusões do estudo, citadas num comunicado, as doenças relacionadas com a obesidade que mais contribuem para os 1,2 mil milhões de euros de custos diretos em saúde são a diabetes, o acidente vascular cerebral, a doença cardíaca isquémica e a doença renal crónica.

“É importante realçar que o custo do tratamento destas doenças é 88 vezes superior ao custo do tratamento da obesidade `per se´, que ultrapassa os 13 milhões de euros anuais”, refere o estudo “O Custo e Carga do Excesso de Peso e da Obesidade em Portugal”, que contou com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) e o apoio da Novo Nordisk Portugal.

67,6% da população portuguesa tem excesso de peso ou obesidade

Os dados agora divulgados indicam também que aproximadamente dois terços da população adulta portuguesa (67,6%) apresentam excesso de peso ou obesidade, sendo que a prevalência de obesidade é de 28,7%.

Em 2018, ocorreram 46 269 óbitos por doenças relacionadas com obesidade, o que representa 43% dos óbitos totais ocorridos em Portugal continental naquele ano“, refere o documento.

A carga da doença foi avaliada em anos de vida ajustados pela incapacidade, que se juntam os anos de vida perdidos por morte prematura e por incapacidade, o que permite concluir que a “obesidade em Portugal provoca a perda de 203.002 anos de vida” ajustados pela incapacidade por ano, valor que supera o número de anos perdidos por AVC.

“Para percebermos melhor a magnitude do problema, e quando olhamos para a perda de mais de 200 000 anos de vida ajustados pela incapacidade, isto significa praticamente o mesmo que retirar nove dias de vida, por ano, a cada português adulto”, adiantou Margarida Borges, a investigadora que liderou o estudo citada no comunicado.

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