A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou que os seus inspetores tiveram o acesso negado a uma fábrica de componentes para centrífugas no Irão, que era “indispensável”.
AIEA diz que Irão negou acesso indispensável dos inspetores à fábrica de componentes para centrífugas TESA Karaj, no Irão, em 12 de setembro, o que viola o compromisso firmado no acordo alcançado com a República Islâmica, informou a AIEA em comunicado.
Segundo o texto, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, reiterou que a execução de “todas as atividades” da agência mencionadas no acordo nucelar relacionadas com “equipamentos”, “instalações” e “localidades” iranianas identificadas pela AIEA são “indispensáveis”.
Por outro lado, Grossi informou na nota aos países-membros que a República Islâmica permitiu todos os outros acessos programados entre os dias 20 e 22 de setembro.
Assim, os inspetores foram autorizados a fazer a manutenção dos equipamentos de monitoramento e vigilância e a substituir os meios de armazenamento em “todos os locais necessários”, exceto na planta de TESA Karaj, segundo o comunicado.
A nota da AIEA chega no momento em que as negociações para ressuscitar o acordo nuclear de 2015 estão paradas.
O chamado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), firmado entre o Irão e o G5+1 (EUA, França, Rússia, China, Reino Unido, mais Alemanha), oferece a Teerão o fim de uma parte das sanções internacionais em troca do compromisso da República Islâmica de utilizar seu programa nuclear apenas com fins civis, e sob controle da ONU.
No entanto, após a saída unilateral dos Estados Unidos do acordo em 2018, no governo de Donald Trump, o Irã também deixou de cumprir uma parte de seus compromissos.