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Pilar económico é maior desafio à adesão à ASEAN

Lusa

O pilar de integração económica é atualmente o maior desafio na adesão de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), não havendo qualquer obstáculo político dos Estados-membros ao processo, disse hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros timorense

“Não há objeções de nenhum país à adesão de Timor-Leste [à Associação de Nações do Sudeste Asiático, ASEAN] e não vemos grandes desafios em termos de política, segurança e do pilar sociocultural”, afirmou Adaljiza Magno.

“Apesar disso, Timor-Leste sabe que a ASEAN se transformou num forte bloco regional e que o pilar económico é agora o mais complexo”, referiu, na Reunião dos Parceiros de Desenvolvimento de Timor-Leste (RPDTL), aos quais pediu apoio para os esforços do país na concretização da adesão à ASEAN, processo que exige a implementação de vários passos.

“Peço-vos a todos apoio nesta iniciativa e neste esforço nacional”, disse.

A chefe da diplomacia timorense reiterou o empenho de Timor-Leste em concretizar o processo de adesão à ASEAN, considerando que o futuro do país depende, também, do “êxito dos esforços constantes de integração regional”.

A adesão representa um dos principais objetivos diplomáticos e vai ajudar “a consolidar a segurança e estabilidade de Timor-Leste e a expansão de oportunidades de negócios e de cooperação” com a região onde está geograficamente inserido.

Um processo em que Timor-Leste quer também contribuir para “reforçar o desenvolvimento da democracia, dos direitos humanos, da promoção do progresso social e económico, e criar condições favoráveis ao diálogo genuíno entre os membros”.

Magno disse que o impacto da adesão na questão da segurança e estabilidade beneficia tanto Timor-Leste como os Estados-membros da ASEAN.

“A integração económica é uma das formas de diversificar a economia, aumentando a capacidade doméstica para facilitar o comércio e atrair mais investimento externo. A ASEAN já é o maior parceiro de Timor-Leste e a integração acelerará o interesse de investidores na região em setores produtivos da economia timorense, onde há oportunidades de crescimento rápido”, considerou.

O país “pode e deve ter um papel construtivo em responder a questões como degradação ambiental, crime transnacional, a questão do género, crises humanitárias e desastres naturais”, apontou.

No intuito de avaliar o processo de adesão, que decorre em paralelo com o processo de adesão à Organização Mundial de Comércio (OMC), bem como os passos são necessários, Timor-Leste preparou com o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) um relatório de apoio necessário a reforço das capacidades timorenses.

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