A ONG apela aos líderes europeus para “não fecharem os olhos aos abusos que estão a ocorrer nas fronteiras” da Europa.
A Amnistia Internacional acusou Marrocos e a União Europeia (EU) de estarem a utilizar pessoas “como peões num jogo político”, na sequência da chegada de milhares de migrantes marroquinos a Ceuta nos últimos dias.
“Marrocos está a brincar com as vidas das pessoas. Não podem utilizar pessoas, entre as quais os seus próprios cidadãos, como peões num jogo político”, disse responsável pela Política Interna e investigadora da Amnistia Internacional Espanha, Virginia Álvarez, em comunicado divulgado durante a noite.
Contudo, a Amnistia Internacional também ‘aponta o dedo’ à União Europeia (UE) neste “jogo”.
“Os líderes europeus foram rápidos a apoiar Espanha e a dizer que as fronteiras espanholas são fronteiras da UE. Pela mesma lógica, os abusos de Espanha são também abusos da União Europeia”, criticou Virginia Álvarez.
A organização não-governamental (ONG) explicitou que não se pode “aceitar que pessoas, incluindo crianças, estejam a ser agredidas pelas forças [de segurança] espanholas”, acrescentando que “abusos não podem ser tolerados”.
Por isso, a Amnistia Internacional exortou “os líderes da UE a não fecharem os olhos aos abusos que estão a ocorrer nas fronteiras europeias”.
Leia mais em TSF