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Cientistas descobrem um novo vulcão ativo na Patagónia chilena

AFP

Geólogos da Universidade do Chile descobriram um novo vulcão ativo na Patagónia chilena, que batizaram de “Grande Mate”, devido ao formato da caldeira de cinco quilômetros de diâmetro, semelhante ao recipiente onde se bebe o chimarrão.

O vulcão, considerado ativo por ter menos de 5.000 anos, está localizado na falha Liquiñe-Ofqui, 80 quilômetros a sudoeste da cidade de Coyhaique na região de Aysen, cerca de 1.600 quilômetros ao sul de Santiago.

“A região de Aysen apresenta uma importante atividade vulcânica, pois é o ponto de encontro das placas Antártica e Nazca com a placa sul-americana. A falha Liquiñe-Ofqui controla onde os vulcões estão localizados na zona sul do Chile na superfície. O Grande mate está no meio da falha”, explicou Gregory De Pascale, autor da publicação na revista Nature e acadêmico da Universidade do Chile.

O geólogo afirmou que parte da cratera do vulcão se desprende devido a “terremotos de alta intensidade gerados na falha de Liquiñe-Ofqui”, dos quais “é esperada uma ruptura” devido à sua alta velocidade de movimento – entre 11,6 e 24,6 milímetros por ano – o que poderia causar “terremotos de alta magnitude”, por isso decidiu-se manter o monitoramento do vulcão.

O Grande Mate foi encontrado graças a visitas ao local desde 2015 e voos de reconhecimento, já que costuma nevar 10 meses por ano na área, que já é de difícil detecção.

“Durante um voo de helicóptero no verão, era possível ver claramente a diferença de cores entre a rocha basáltica mais escura, que ocorre em um evento eruptivo, em comparação com as rochas intrusivas mais claras, como o granito, que se formam no interior da terra”, esclareceu o cientista.

Este novo vulcão se junta aos noventa vulcões ativos que marcam os 3.100 km que separam a cidade de Arica, na fronteira com o Peru, dos fiordes meridionais de Aysen flanqueados pela majestosa cordilheira dos Andes.

A maior concentração é, entretanto, na falha Liquiñe-Ofqui, que atravessa a metade sul do Chile verticalmente por mil quilômetros.

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