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Empresa chinesa na corrida à concessão do caminho-de-ferro de Benguela

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Três empresas estrangeiras, incluindo uma chinesa, estão a concorrer à concessão do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), que liga a costa angolana à República Democrática do Congo e à Zâmbia.

O concurso público internacional para a exploração da via-férrea, numa distância de 1.334 quilómetros, reconstruída a um custo de 2 mil milhões de dólares, atraiu também uma empresa dos EUA e outra da Alemanha, de acordo com a imprensa local.

A CBF liga o porto do Lobito ao Luau, na província oriental do Moxico, e de lá segue até à República Democrática do Congo e à Zâmbia.

O vencedor da licitação terá de investir fortemente para reabilitar as infraestruturas e os equipamentos, incluindo comboios, de acordo com o comité de seleção.

A qualidade das estradas, caminhos-de-ferro e portos em Angola continua a ser um obstáculo ao desenvolvimento do país, apesar dos grandes investimentos feitos na última década. Todavia, um novo plano governamental poderia resolver alguns dos constrangimentos, segundo um estudo recente da consultora Eaglestone Securities.

Desde 2002, acrescenta a consultora, as autoridades têm feito grandes investimentos na reabilitação de estradas, caminhos-de-ferro, portos marítimos e aeroportos.

Dados das finanças públicas sugerem que o Governo de Luanda gastou mais de 38 mil milhões de dólares em infraestruturas de transportes durante 2002-18, com cerca de 70 por cento investidos em estradas, o que corresponde, em média, a 2,3 mil milhões de dólares por ano e 2,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país localizado na costa ocidental de África.

A maioria dos investimentos foi financiada por linhas de crédito chinesas que ajudaram a reconstruir e reabilitar as infraestruturas do país. Contudo, a respetiva qualidade continua a ser um obstáculo ao desenvolvimento de Angola, e continua a impedir a circulação de pessoas e bens no país, diz a consultora.

O ministro angolano dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, elogiou recentemente a parceria do país com a China no setor económico, apoiando um papel mais importante para os investidores privados em infraestruturas.

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