A vice-Presidente eleita dos Estados Unidos Kamala Harris recebeu a vacina contra a covid-19 ao vivo pela televisão nesta terça-feira (29) e pediu a confiança do público no processo, enquanto a escolha do hospital para receber a imunização chamou atenção para a difícil situação da comunidade afro-americana, muito afetada pela pandemia
Sempre de máscara colocada, Kamala Harris recebeu a primeira de duas injeções da vacina da Covid-19 no United Medical Center, localizado numa área de Washington com uma população maioritariamente negra.
Comunidades afro-americanas em todo o país vivenciam níveis desproporcionalmente altos de mortes e doenças relacionadas à pandemia de covid-19, enquanto as pesquisas também indicam que estão entre as mais relutantes em levar a vacina.
“Por isso eu quis lembrar às pessoas que é na sua comunidade onde se toma a vacina, onde até vão receber a vacina de pessoas que talvez conheçam”, disse a vice- Presidente dos Estados Unidos após receber a vacina fabricada pela empresa americana Moderna.
“Quis lembrar às pessoas que elas têm fontes confiáveis de ajuda poderão obter a vacina”, declarou.
Harris será a primeira vice-Presidente negra e indiana-americana a tomar posse no segundo mais alto cargo da nação a 20 de janeiro, sendo também a primeira mulher no cargo.
O seu marido, Doug Emhoff, também irá ser vacinado à Covid-19.
Uma série de funcionários públicos foram vacinados diante das câmaras como parte de um esforço para superar o ceticismo público e convencer os que ainda estão em dúvida de que as imunizações são vitais para retomar uma aparente normalidade nos próximos meses.
O Presidente eleito, Joe Biden, recebeu a vacina ao vivo na televisão a 21 de dezembro.
O ainda Presidente em funções, Donald Trump, que foi hospitalizado com o vírus em outubro, não se comprometeu a ser vacinado.
Trump minimizou várias vezes o perigo da doença e pediu a reabertura de empresas e escolas, apesar do aumento do coronavírus em todo o país.
Os Estados Unidos registaram cerca de 19,3 milhões de casos e mais de 335.00 mortes relacionadas ao coronavírus, ambos os maiores índices do planeta, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.