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OE2021: Os setores que devem liderar o crescimento em Moçambique

Saúde e ação social, agricultura, energia (eletricidade e gás) e água são os setores para os quais o Governo moçambicano prevê maiores taxas de crescimento em 2021, ano em que todos os setores deverão recuperar após a covid-19.

As previsões fazem parte da proposta de Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano, que começa hoje a ser discutida pelo parlamento moçambicano.

“As perspetivas de crescimento sectorial mostram uma ligeira recuperação na maioria dos sectores, face ao ano anterior”, lê-se no documento.

O maior crescimento de atividade está previsto para o setor da saúde e ação social, na ordem de 5%, “influenciado pelo aumento na cobertura de partos institucionais em 2021, assim como pelo incremento do número de beneficiários dos programas de proteção social”.

Segue-se a agricultura, a crescer 4%, suportada pela antevisão de uma estação chuvosa favorável, reforços de qualidade nos consumíveis, na assistência técnica, em transferência de tecnologia de baixo custo, uso integral de sistemas de irrigação e aproveitamento das zonas baixas para produção de culturas de ciclo curto.

“Com o programa Sustenta”, lançado pelo Governo, “espera-se gerar um valor total de produção de cerca de 250 milhões de dólares”, com aumento do rendimento médio familiar de 36.600 para 73.500 meticais por ano (411 a 827 euros por ano) e com criação de mais emprego – de 15.230 (2020) para 21.514 (2021) agricultores integrados.

No setor da eletricidade, gás e água, a revisão aponta para um crescimento de 3,7% face a 2020.

“A produção global de energia elétrica em 2021 vai registar um crescimento de 3,7% em relação às previsões de 2020, devido à maior procura deste recurso nos países importadores, com destaque para a África do Sul e Zimbábue, que registam défice de energia para satisfação das suas necessidades”, nota a proposta do Governo.

Para o setor da construção está previsto um crescimento de 3% previsivelmente graças a “investimentos a serem realizados na construção e reabilitação das infraestruturas públicas e privadas”.

Apesar do pressuposto de que o pior já tenha passado, o executivo moçambicano prevê taxas de crescimento ainda limitadas pelo impacto da pandemia nos setores da indústria transformadora (crescimento de 1,6%) e indústria extrativa (1,5%).

A hotelaria e restauração, que mais tem sofrido com a pandemia, deve recuperar, mas pouco, segundo o OE2021.

“O volume de negócios registou uma queda drástica devido à pandemia da covid-19. Contudo, para 2021 perspetiva-se uma recuperação ligeira de 1%, influenciada pela normalização gradual da atividade do sector”.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder há 45 anos, desde a independência, tem uma maioria qualificada de 184 dos 250 assentos que compõem a AR, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) detém 60 e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) seis lugares.

Moçambique contabiliza um total acumulado de 15.770 casos de infeção pelo novo coronavírus, 87% dos quais recuperados, e 131 mortes.

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