A recolha de alimentos em contentores e outros locais de acumulação de lixo faz, há mais de três anos, a rotina do pequeno Mwixi Tembo (nome fictício) para sobreviver, desde que fugiu da casa dos pais, por alegados maus tratos recebidos do padrasto, que vive maritalmente com a mãe, há oito anos.
O olhar esquivo e o tom em que fala vincam o sentimento de revolta enraizado na mente destroçada por traumas. O quadro lembra a emoção expressa pelos adultos, quando descrevem as dificuldades transpostas em cenários de desespero, que levaram o menino de 14 anos a dar pouca importância ao facto de “ter ou não ter pai e mãe.”
A sujidade nos calções que veste, os chinelos gastos, nos pés, o rosto desfigurado por cicatrizes resumem o esforço que o menino empreende para sobreviver à interminável disputa com outros petizes, a fim de conquistar o respeito “na selva”.
Leia mais em Jornal de Angola