O empresário em causa é Xu Bo, de 48 anos, fundador de uma grande empresa de videojogos. Xu tem sido descrito nas redes sociais como “o primeiro pai da China”, depois de relatos de que terá mais de 100 crianças nascidas em solo norte-americano através de barrigas de aluguer.
Especialistas afirmam que Xu e outros magnatas chineses recorrem a clínicas, advogados e agências nos EUA para organizar nascimentos por barrigas de aluguer, aproveitando leis que conferem automaticamente cidadania às crianças nascidas no país.
Num processo judicial em Los Angeles, Xu tentou obter direitos parentais sobre quatro crianças ainda por nascer. A juíza recusou-lhe a paternidade, citando um padrão invulgar de múltiplos pedidos e levantando dúvidas sobre as verdadeiras intenções do empresário, que inicialmente afirmou querer filhos, sobretudo rapazes, para assegurar a sucessão do seu império.
Fontes afirmam que Xu ainda não conhece pessoalmente muitos dos seus filhos devido à intensa dedicação ao trabalho, e que várias das crianças estão a ser criadas por amas à espera de autorização para viajar para a China.
A polémica suscitou debate sobre questões éticas, legais e sociais relacionadas com a gestação de substituição transnacional. Autoridades chinesas criticaram a prática, alertando para possíveis crises familiares e sociais, enquanto nos Estados Unidos legisladores ponderam restrições para limitar o acesso de estrangeiros à gestação de substituição comercial.
Além do aspeto legal, relatos sobre os objetivos de Xu, incluindo alegações de que pretende que os filhos formem alianças matrimoniais com descendentes de figuras internacionais proeminentes, intensificaram o debate público e geraram grande repercussão nas redes sociais.
A empresa de Xu confirmou que ele tem pouco mais de 100 filhos através de barrigas de aluguer, rejeitando relatos exagerados de até 300 crianças que circulam na internet.
