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Egito quer mediar conflito Israel-Hamas, mas fecha a porta a palestinos

Cairo é única via de escape para civis na Faixa de Gaza, reféns de cálculo geopolítico delicado do regime de Al-Sisi

Há pouco mais de 30 quilômetros entre a cidade de Gaza e a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Uma viagem de 45 minutos de carro poderia salvar a vida daqueles que estão dentro do território palestino. Essa solução, porém, depende agora de um delicado cálculo geopolítico.

Israel bombardeia a Faixa de Gaza desde o ataque da facção palestina Hamas no sábado (7), que deixou ao menos 1.200 mortos. Mais de 900 já morreram em Gaza. Não há como cruzar para dentro de Israel, que mantém um cerco terrestre, aéreo e marítimo, e o Egito é a única opção.

Há mais de 2 milhões de pessoas dentro de Gaza, incluindo 30 brasileiros —gente como Shahed al-Banna, 18, e Hadil al-Duwaik, 41. A representação diplomática brasileira em Ramallah trabalha para resgatá-los, mas depende da autorização do Cairo para cruzar essa fronteira. O regime egípcio fechou a passagem de Rafah por tempo indeterminado.

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