O Ministério Público está, esta quarta-feira, a realizar buscas a três casas de Manuel Pinho para recolher provas e bens, no âmbito do processo EDP/CMEC. As buscas estão a ser realizadas com o apoio da Direção de Investigação Criminal da GNR (Equipas de Inspeção Judiciária e Digital Forense), do Departamento de Investigação Criminal da Direção Nacional da PSP e do Comando Distrital do Porto da PSP.
“Estas buscas, todas domiciliárias, estão a ter lugar nas zonas de Braga, Porto e Albufeira. As diligências visam a recolha de novas provas, bem como de instrumentos, produtos e vantagem dos crimes em investigação, entre os quais, os de corrupção passiva para ato ilícito por titular de cargo político com vantagem de valor consideravelmente elevado, de participação económica em negócio também por titular de cargo político e branqueamento”, pode ler-se na nota do DCIAP.
“Em resultado da prática de parte dos factos em investigação, só um arguido terá causado ao Estado um prejuízo de 1,2 mil milhões de euros, sendo que, do Grupo Espírito Santo, terá recebido indevidamente, pelo menos, 1 milhão e 265 mil euros. Acresce que, até junho de 2012, o mesmo arguido, terá obtido ainda outras vantagens no valor total cerca de 5 milhões de euros”, acrescenta.
No início do mês, o juiz Carlos Alexandre tinha congelado a reforma de 15 mil euros a Manuel Pinho. O ex-ministro passou, assim, a receber mensalmente 2115 euros destinados a assegurarem a “subsistência mensal” do arguido.
Recorde-se que Manuel Pinho está em prisão domiciliária, no âmbito do processo EDP em que é suspeito de crimes de corrupção.
Leia mais TSF