O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirmou que o conterrâneo que no sábado se atirou ao rio Tejo, em Lisboa, para salvar uma pessoa prestes a afogar-se, é um “orgulho” para todos os cabo-verdianos.
Numa mensagem colocada ao início da noite na sua conta oficial na rede social Facebook, Jorge Carlos Fonseca refere que conversou hoje com o “conterrâneo” José Brito, antigo pescador em Cabo Verde e atualmente a trabalhar em Portugal, descrevendo o seu ato como um “gesto de bravura” e de demonstração de “profunda humanidade”, aos salvar “a vida de um cidadão português no rio Tejo”.
“Transmiti-lhe o sentimento de orgulho de todos os cabo-verdianos que tiveram notícia do sucedido e dei-lhe um grande abraço feito de solidariedade, admiração e orgulho. Um patrício [compatriota] com um percurso nada fácil na vida, conforme o relato que me fez de viva voz e algo emocionado ainda”, escreveu Jorge Carlos Fonseca.
Um homem de 68 anos caiu no sábado ao Tejo, junto do Cais das Colunas, em Lisboa, e foi socorrido por outro homem que passava, sendo depois transportado para o hospital.
Fonte oficial da Polícia Marítima disse no sábado à Lusa que a ocorrência teve lugar perto do meio-dia e que o homem chegou a ser alvo de “reanimação cardiorrespiratória” no local.
Também o Presidente da República de Portugal já tinha enaltecido o “exemplo de solidariedade humana e de coragem” do homem que no sábado se atirou ao rio Tejo, em Lisboa, para salvar uma pessoa prestes a afogar-se.
“Ao tomar conhecimento do salvamento da pessoa que caiu esta manhã nas águas do Tejo, junto ao cais das colunas, o Presidente da República enalteceu o bom exemplo de solidariedade humana e de coragem demonstrado por José Brito, que enquanto passeava com o seu filho salvou uma vida humana”, refere uma nota publicada na página oficial da Presidência da República.
De acordo com o texto publicado na página da Presidência, a ação do homem que se atirou ao rio numa ação de socorro “certamente marcará os que assistiram, no local, ao salvamento, como todos os que dele tiveram conhecimento”.
“O exemplo de José Brito deve ser distinguido pela coragem e pela vontade de ajudar o próximo”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.