Cantora, atriz, locutora, apresentadora, até empresária, 82 anos de vida, 62 de carreira, vividos “intensissimamente”. No trabalho, na família e nas paixões. “Ou é ou não é!” Sempre disse o que pensa e defendeu aquilo em que acredita. A Desfolhada foi há 51 anos e ainda marca a vida de Simone de Oliveira
Simone recebe o DN no seu “pombal” no centro de Lisboa, uma casa de bonecas numa rua que tem nome de Jesus. Ela que se zangou com a Igreja Católica . Teve dois filhos e não lhes pôde pôr o seu nome. Tinha sido casada, um casamento marcado pela violência doméstica e que rapidamente acabou. E é assim que começa a cantar, para sair da cama, para perder o medo, até tocar muitos outros instrumentos. Uma entrevista em vésperas do seu espetáculo recente no Teatro Tivoli, com os últimos preparativos. Simone de Oliveira combina ensaios, faz telefonemas, não para, sempre foi assim. Numa vida artística que diz ter surgido “por acaso” e a responder bem às oportunidades. E sorte.
Em que fase da vida é que está?
Estou na fase de estar feliz, tenho a obrigação de ser uma mulher feliz por variadíssimas razões. Tenho saúde, uma casa pequenina que é o meu pombal, comprada com o meu dinheiro – só a comprei depois do Sr. Varela [Silva] morrer. Tenho algum trabalho. Tenho dois filhos espantosos, quatro netos de uma verticalidade absoluta, que foi uma herança deixada pelo meu pai e pela minha mãe. Tenho uma filha licenciada em Psicologia, um filho professor doutor em Engenharia, um neto arquiteto, outro neto engenheiro, outro, o Miguel, que está a fazer exame para a faculdade e também vai para Engenharia.
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