Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, confiavam na aliança com o ‘Centrão’ para aprovar a reforma do sistema tributário. Agora, com a saída do MDB e do DEM do bloco, espera-se que votação da Reforma Tributária seja afetada.
A saída do MDB e do DEM do bloco conhecido como ‘Centrão’ pode afetar na votação da Reforma Tributária. Diante da saída de dois grandes partidos do bloco, a comissão mista de deputados e senadores que analisa a proposta do governo no Congresso se enfraquece, e deve mirar as articulações para os substitutos de Rodrigo Maia (DEM-RJ), na presidência da Câmara, e de Davi Alcolumbre (DEM-AP), na cadeira do Senado.
Mesmo sem cravar as datas da reforma, os articuladores insistem no discurso que é possível promulgar as novas regras ainda em 2020. Com o racha e enfraquecimento do Centrão, as expectativas podem ir por água abaixo, para manter o foco nas eleições do comando da Câmara e do Senado no início de 2021.
Segundo a repórter Nathália Pase, o movimento de desembarque do DEM e do MDB tem como objetivo enfraquecer uma articulação do deputado Arthur Lira (PP), líder do Centrão e um dos principais nomes para suceder Maia na Câmara.
A aproximação do Centrão com o presidente Jair Bolsonaro e a disputa pela Câmara, marcada para fevereiro de 2021, dividiram o “blocão”. Com 63 deputados, DEM e MDB terão, agora, autonomia em posicionamentos formais da Câmara, como na apresentação de requerimentos para votação de emendas em projetos de lei, pedidos para acelerar determinadas votações e até para solicitar a retirada de alguma proposta da pauta.
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