As concessionárias de jogo americanas correm sérios riscos de sair de Macau, com a decisão dos Estados Unidos de deixar de reconhecer o grau de autonomia de Hong Kong face à China, diz o analista Ben Lee.
A menos de dois anos do novo concurso para atribuição das próximas concessões de jogo e numa altura de grande tensão entre a China e os Estados Unidos, o cenário para as operadoras Wynn, Sands China e MGM agravou-se. “O risco de não obterem novas concessões está entre alto e extremamente alto, dependendo da concessionária americana de que estivermos a falar. Em relação à que tem as ligações mais fortes a Trump, o risco é superior a 50 por cento”, entende Ben Lee, referindo-se à Sands China, de Sheldon Adelson, um dos principais financiadores da campanha do presidente dos Estados Unidos.
Ben Lee defende que Hong Kong está a ser usado por Donald Trump como “frente de batalha contra a China” e que, neste momento, a Pequim “já perdeu todas as esperanças em chegar a um acordo” na ‘guerra comercial’. As tensões entre os dois países, agravadas pela troca de acusações sobre a origem do novo tipo de coronavírus, levam o analista a defender que são cada vez maiores as probabilidades de entrarem novos operadores no mercado de jogo de Macau. “Sem dúvida [que vai haver nova concorrência]”, diz, ao antecipar que, as operadoras que “perderem o concurso terão entre 12 a 18 meses para negociar a estratégia de saída com as concessionárias vencedoras”.
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