Platini à saída do interrogatório
| Reuters/Gonzalo Fuentes
Platini à saída do interrogatório
| Reuters/Gonzalo Fuentes
O antigo presidente da UEFA Michel Platini saiu hoje em liberdade, depois de várias horas a ser ouvido, no âmbito da atribuição da organização do Mundial de futebol de 2022 ao Qatar.
"A custódio é suspensa", disse, citado pela agência de notícias francesa France Press (AFP) o advogado do ex-futebolista internacional francês, já perto das 01:00 locais, lamentando: "Muito barulho para nada".
À saída das instalações do Instituto Anti-Corrupção da Polícia Judiciária francesa, em Nanterre, perto de Paris, William Bourdon afirmou que a detenção foi recebida por Platini como "injusta e desproporcional".
O interrogatório "foi longo", já que lhe foram feitas perguntas "sobre o Europeu de 2016, o Mundial de 2018, na Rússia, e o Mundial do Qatar, em 2022, o Paris Saint-Germain e a FIFA".
Platini diz-se "sereno", pois sente-se "estranho a qualquer negócio", pelo que, segundo Bourdon, "não pode ser considerado suspeito, ontem, hoje ou amanhã".
A assessoria de comunicação do ex-dirigente tinha manifestado a inocência do ex-dirigente.
"[Platini] não têm rigorosamente nada com que se recriminar e é totalmente alheio a factos que o ultrapassam. Exprimiu-se de forma serena, respondendo a todas as perguntas que lhe foram feitas pelos investigadores", divulgaram, em comunicado.
Platini terá sido "ouvido pelos investigadores como testemunha, num quadro que o impede de contactar com outras pessoas envolvidas no processo".
O ex-futebolista gaulês foi detido na manhã de terça-feira pelas autoridades francesas, por suspeita de corrupção na atribuição da organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2022 ao Qatar.