Início China Entrevista: Colaboração da China é crucial para industrialização de Angola, diz ministro

Entrevista: Colaboração da China é crucial para industrialização de Angola, diz ministro

"A presença e a colaboração chinesa em diversos níveis -- no nível do Estado, das empresas públicas e no nível do empresariado privado chinês -- têm sido cruciais, importantes e críticas para o nosso relançamento industrial", disse Rui Miguêns de Oliveira, ministro da indústria e comércio de Angola, em uma entrevista recente à Xinhua.

Sobre o processo de industrialização de Angola, Rui Miguêns expressou gratidão pelo forte apoio da China na reconstrução pós-guerra e na construção de novas infraestruturas.

O ministro enfatizou que a participação e a presença de empresas e recursos financeiros chineses foram fundamentais para a recuperação inicial da infraestrutura destruída, como pontes, estradas, linhas de transmissão de energia e sistemas de abastecimento de água. “Todas elas são infraestruturas necessárias para o desenvolvimento econômico e social de um modo geral, mas, em particular, necessárias para a nossa indústria”, informou ele.

Rui Miguêns observou que, após a restauração da infraestrutura, Angola testemunhou investimentos de empresas privadas chinesas em vários setores industriais, trazendo nova vitalidade e mostrando o potencial industrial de Angola para o mundo.

“O fato é que, neste momento, os maiores investidores privados em Angola são, provavelmente, os investidores chineses. Eles são o melhor exemplo de que em Angola é possível investir, criar empregos, estabelecer indústrias e permitir que os empresários obtenham lucros de forma honesta”, disse ele.

Mais de 400 empresas chinesas operam atualmente em Angola, com investimentos superiores a US$ 24 bilhões. Muitas dessas empresas estão envolvidas na produção industrial, administrando fábricas que produzem materiais de construção, plásticos, produtos de uso diário, aço, baterias e outros itens.

“Fiquei muito bem impressionado com o nível de desenvolvimento que encontrei na sociedade chinesa e achei interessante o modelo que a China tem de conseguir industrializar, trazendo para a indústria grandes camadas da população que antes eram apenas população rural”, disse ele.

Rui Miguêns acredita que a manufatura de alta tecnologia e o desenvolvimento industrial da China beneficiaram as famílias comuns, melhorando assim a vida das pessoas, e Angola pode aprender com a experiência de industrialização da China a fim de melhorar a renda de seu povo.

Desde que a China e Angola estabeleceram relações diplomáticas há 41 anos, Angola emergiu como o segundo maior parceiro comercial da China na África, com o comércio bilateral atingindo US$ 23 bilhões em 2023. As empresas chinesas reconstruíram ou construíram novos 2.800 km de ferrovias, 20 mil km de estradas, mais de 100 mil unidades de habitação social, mais de 100 escolas e mais de 50 hospitais no país do sul da África.

Na última década, a cooperação entre a China e Angola no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota produziu resultados frutíferos, ressaltou Rui Miguêns, descrevendo a iniciativa como promotora do desenvolvimento econômico e social no continente africano e ajudando a África a se integrar ao comércio global.

Isso permite que as nações alavanquem suas capacidades e seu potencial, visando, em última análise, ao bem-estar global, disse o ministro. Ele também destacou a potencial contribuição da iniciativa para a paz, além de promover o desenvolvimento social entre os países.

“Onde fomos capazes de desenvolver o comércio entre as várias nações de forma que esse comércio seja benéfico reciprocamente, beneficiando todas as partes de forma equilibrada e justa, conseguiremos ter mais paz no mundo, o que é muito necessário para desenvolvermos nossas vidas e termos bem-estar para toda a humanidade.”

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