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Negócios “calmos” nas áreas residenciais durante os feriados

Conforme previsto, nesta Páscoa os residentes locais dirigiram-se principalmente para o interior da China, o que levou a uma escassez de clientes nas lojas das zonas residenciais de Macau. Alguns comerciantes que participaram do plano de apoio “Grande Prémio para o Consumo na Zona Norte durante os Fins de Semana” relataram que os seus negócios melhoraram neste período de férias e pediram que as autoridades continuem com a iniciativa, não só para manter o consumo entre os residentes, mas também para atrair turistas.

Alguns restaurantes indicaram que o ambiente nestas áreas residenciais durante os fins de semana é agora muito calmo. Como a Páscoa este ano inclui quatro feriados, o volume de negócios nestes distritos foi muito reduzido. Apesar do lançamento de campanhas promocionais, os lojistas continuam com baixo volume de negócios. Por outro lado, os negócios na China continental continuam em alta, com cada vez mais centros comerciais e novas atrações. É, por isso, compreensível que os residentes optem por ir para o Continente durante os feriados. Os restaurantes na China continental oferecem várias comodidades, incluindo petiscos e zonas de espera enquanto aguardam por um lugar. Por outro lado, quanto mais tempo esperam, mais comida é servida quando finalmente se sentam. Estes modelos não são praticados nos estabelecimentos de Macau devido ao elevado custo dos negócios, especialmente na renda. Um proprietário admitiu que o ambiente de negócios era melhor durante a pandemia, e que a prioridade agora é “manter a loja aberta”.

Segundo outros comerciantes, os residentes de Macau gostam agora de ir ao interior da China para compras nas grandes cadeias de supermercados americanos que existem em Zhuhai. A carne congelada vendida nos supermercados de Macau, por exemplo, tem que passar por vários procedimentos de quarentena e transporte, um processo caro. Os supermercados em Zhuhai são espaçosos, têm capacidade de armazenamento, volume de clientes suficiente e menos elos de distribuição, por isso mesmo que cada produto gere apenas uma margem de lucro de 1 por cento, ainda permite um lucro substancial. Já num supermercado em Macau, podem ter de aumentar em 15 por cento o valor do produto para ter margem de lucro.

É frequentemente dito que “os produtos de Macau são caros” e “os negócios de Macau já ganham muito”, mas com os custos atuais, é relativamente difícil reduzir os preços. Segundo um comerciante, o seu volume de negócios caiu 20 por cento desde o fim da pandemia, e deve continuar a cair. A única solução agora, diz, é tentar diversificar a sua oferta.

Alguns restaurantes que participaram da iniciativa “Grande Prémio para o Consumo na Zona Norte durante os Fins de Semana” disseram que o negócio melhorou e que esperam um aumento de 20 a 30 por cento em comparação com o período anterior ao evento.

No entanto, mostraram-se preocupados que o volume de negócio “volte à sua situação original” após a iniciativa, pois os custos operacionais de Macau são elevados, com as rendas e salários a representaram o dobro dos custos face à China continental, o que torna a competição com os negócios do interior muito difícil. Estes comerciantes esperam que as autoridades ajudem a promover Macau como destino turístico. Ao mesmo tempo, asseguram que vão continuar a trabalhar arduamente na introdução de novos produtos para satisfazer os gostos dos residentes e turistas.

Artigo publicado no âmbito da parceria com o Macau Daily News

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