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Macau voa para a internacionalização

A visita oficial do Secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, a Portugal, Espanha, Bélgica e Mónaco, deu um sinal claro da política do novo Executivo - reforço dos laços com a Lusofonia e aposta na internacionalização da RAEM

Nelson Moura e Fernando M. Ferreira

Bernardo Mendia, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, elogia o alcance da visita, destacando o seu simbolismo num momento geopolítico delicado. “Macau é um autêntico porta-aviões da diplomacia económica portuguesa, que devemos procurar continuar a aproveitar, em benefício das empresas e da economia das duas regiões”, diz ao nosso jornal. “Há uma oportunidade de retomar um posicionamento estratégico num eixo euro-atlântico em que Portugal e Macau voltam a dialogar com relevância.”

O Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças explica ao PLATAFORMA que a visita teve como objetivo “reforçar a projeção internacional de Macau como plataforma de cooperação” e “contribuir para o desenvolvimento de alta qualidade da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’”.

A visita oficial passou por Espanha, Portugal, Bélgica e Mónaco. Em Barcelona, a delegação participou no Mobile World Congress 2025 e reuniu-se com várias entidades do setor para explorar futuras colaborações nas áreas da inteligência artificial, 5G e transformação digital.

Em Lisboa, a comitiva reuniu-se com o Banco de Portugal, o Ministério da Economia e o Ministério da Educação, Ciência e Inovação. Foi inaugurado o Laboratório Sino-Português de Inteligência Artificial e Tecnologias de Saúde Pública e assinados acordos entre a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e a Universidade Nova de Lisboa, reforçando a aposta na cooperação científica e na inovação como eixos estratégicos.

Foi também promovido o programa de financiamento externo do Fundo de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FDCT), cujas candidaturas abrem em abril. O Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças acrescenta que o objetivo do programa é “apoiar projetos conjuntos com instituições estrangeiras e reforçar a atratividade de Macau como polo científico-tecnológico”.

Em Bruxelas, encontrou-se com “representantes da União Europeia e de instituições multilaterais com sede na Bélgica, no sentido de reforçar os canais de diálogo e cooperação institucional.”

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