No ano passado, na mesmíssima conferência de imprensa anual, Vladimir Putin ensaiou um inédito pedido de desculpa pelo preço dos ovos e disse que o Governo deveria trabalhar melhor para contrariar a subida do custo de vida. Desta vez, a conversa sobre os problemas que aparentemente mais preocupam os russos andou à volta da manteiga, mas não houve lugar a um mea culpa, tendo preferido responsabilizar a governadora do Banco Central, por um lado, e mostrar-se determinado no caminho que o país está a levar, em particular no que respeita à invasão russa da Ucrânia. E em resposta a uma pergunta sobre um novo míssil balístico hipersónico que o país utilizou pela primeira vez no mês passado para atacar território ucraniano, Putin aproveitou para lançar um duelo de gosto duvidoso.
O líder russo desafiou os aliados da Ucrânia para um “duelo de alta tecnologia” entre o míssil Oreshnik e as defesas antiaéreas ocidentais, tendo inclusive indicado que Moscovo poderia avisar com antecedência um ataque a Kiev e ver se o Ocidente conseguiria proteger a capital ucraniana. “Que coloquem lá os seus meios de defesa aérea e que nós o ataquemos com o Oreshnik. Vamos ver o que acontece.”
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