Enquanto um general continua preso e 25 militares das Forças Armadas foram indiciados por tramas golpistas para impedir a posse de Lula, ampliando a mancha sobre a reputação de suas corporações, a maior preocupação dos integrantes de Exército, Marinha e Aeronáutica nos últimos dias tem sido outra: a parte que lhes caberá no pacote de corte de gastos do governo federal.
A convergência temporal entre as novas revelações sobre oficiais fardados tramando para arruinar a democracia e a inclusão da previdência das Forças Armadas no ajuste fiscal provocou agitação na chamada “família militar” e representa um desafio político nas relações entre o Palácio do Planalto e a caserna como em poucos momentos do terceiro mandato de Lula —o pós-8 de Janeiro, com a troca no comando do Exército após só três semanas de governo, ainda encabeça essa lista.
Os militares são maioria entre os 37 indiciados pela PF no inquérito da trama golpista para impedir a posse de Lula: os 25 representam dois terços do total. Destes, 7 são oficiais-generais (incluindo ex-comandantes da Marinha e do Exército) e 12 são militares da ativa.
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