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Macaco que recebeu rim de porco sobrevive mais de 180 dias na China

Cientistas chineses transplantaram com sucesso um rim de porco geneticamente modificado para um macaco no início deste ano, alcançando a função do órgão por mais de seis meses.

Em 10 de maio, pesquisadores de um hospital afiliado à Faculdade de Medicina de Tongji, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, transplantaram um único rim de porco geneticamente modificado para um macaco, substituindo os seus rins originais.

Utilizando um protocolo de imunossupressão aprimorado, o rim transplantado funcionou com sucesso por 184 dias, informou o Diário de Ciência e Tecnologia na sexta-feira. O transplante foi realizado após a aprovação ética para a experiência animal.

Em estudos com animais envolvendo enxertos de órgãos entre diferentes espécies, a sobrevivência de 180 dias é considerada uma referência para a sobrevivência a longo prazo, disse Chen Gang, professor do hospital. Nos primeiros cinco meses após o transplante, o rim enxertado funcionou bem e teve leituras fisiológicas normais.

A rejeição crónica instalou-se depois desse ponto. A equipa está a planear reforçar os esforços para reduzir as respostas de anticorpos para uma sobrevivência mais longa do enxerto, criando assim as condições para ensaios clínicos em humanos, disse Chen.

Para iniciar estudos clínicos na China, alcançar a sobrevivência a longo prazo em testes com animais é um pré-requisito, observou Chen. Em março, médicos-cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard fizeram um avanço ao transplantar um rim de porco geneticamente modificado num ser humano com insuficiência renal. O homem de 62 anos morreu dois meses depois.

Plataforma com Xinhua

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