“Melancolicamente se trabalhou pela confecção da Justiça, mas o criminoso conseguiu fugir por manobra jurídica, de modo muito semelhante a outro personagem mais famoso que pretende ser o mandatário maior. Muito triste e lamentável esta constatação.”
O desabafo do promotor João Carlos de Camargo Maia, membro do Ministério Público paulista, está em um documento no qual é obrigado a reconhecer a extinção da ação movida contra o hoje candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) por acusação de dano ao patrimônio público. O documento é de 5 de outubro de 2022.
Segundo Maia, uma prescrição obtida por meio de “alto investimento em escritórios, chicanas jurídicas, fuga de oficiais de Justiça, recursos mirabolantes, habeas corpus”.
Já o advogado Alexandre Pacheco Martins, da defesa de Boulos, afirma que é injusto culpá-lo pelos erros do Ministério Público.
O defensor afirma que o hoje deputado avisou durante seu depoimento que mudaria de residência (de Osasco para o bairro paulistano de Perdizes), indicando o novo local, e que, no processo, constam telefones dos advogados, sendo que esses nunca foram procurados para ajudar a localizá-lo.
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