Durante a sua visita na segunda-feira à Rua da Cunha, na Taipa, e à zona pedonal temporária estabelecida na área, Ho Iat Seng falou com representantes da indústria do turismo sobre o Ano Novo Lunar. Ho mencionou que os hotéis em Macau estão demasiado caros para grupos turísticos e que poderá discutir com as autoridades centrais a oferta em Hengqin. No entanto, avisou que seria ainda preciso ultrapassar a necessidade de múltiplos documentos de viagem.
No ano passado, foram feitos esforços no sentido de atrair visitantes do interior da China para Macau, o que levou a uma forte recuperação da indústria, mas este ano, o foco passa pelo aumento do número de visitantes internacionais. O preço dos quartos de hotel aumentaram em comparação com o período pandémico, mas ainda há um longo caminho a percorrer em comparação com o período pré-pandémico.
Macau obteve, pelo segundo ano consecutivo, o maior número de hotéis 5 estrelas do mundo, com 22 hotéis classificados. A cidade está também a desenvolver a “economia noturna”, e os representantes da indústria receiam que se os viajantes não passarem em Macau à noite vai perder estas novas experiências.
Por outro lado, os representantes entrevistados mencionam quatro fatores que dizem provar não ser ainda a hora de implementar esta medida. Em primeiro lugar, destacam que apesar da existência de um parque temático de grande dimensão em Hengqin, o número de quartos não é ainda suficiente para acomodar muitos grupos turísticos. Segundo, indicam a falta de transportes na área, avisando que turistas em excursões que pernoitem na Ilha da Montanha, e queiram depois passear por conta própria, terão dificuldades em encontrar táxis. Terceiro, levantam dúvidas quanto à a capacidade do posto fronteiriço de Hengqin processar um grande volume de turistas, e por último, apontam as diferenças legais entre as duas regiões, que podem provocar empecilhos ao fluxo turístico.
Artigo publicado no âmbito da parceria com o Macau Daily News