A falta de casas no país é estrutural e a principal causa prende-se com a anémica atividade construtiva da última década. Mesmo num contexto económico adverso, a procura é bastante superior à oferta, que não está ainda adaptada às reais necessidades do mercado, isto é, às famílias da classe média e média baixa e aos novos agregados familiares.
Como aponta Patrícia Barão, responsável pelo departamento residencial da JLL, “a oferta continua a ser claramente inferior à procura, com a média anual de 13.500 fogos concluídos na última década a comparar com vendas médias anuais na ordem das 104.500 unidades”. A análise da consultora permite concluir que em cada oito casas vendidas só uma é nova.
O problema também não ficará resolvido em 2024. “Os licenciamentos têm evoluído de forma contida e há poucos projetos de grande escala a emergir”, diz Patrícia Barão. Esta realidade dificulta uma correção em baixa dos preços.
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