Dirigentes de Macau irão “aos países de língua portuguesa para participação nos eventos relacionados” com o encontro empresarial sino-lusófono, de acordo com as Linhas de Ação Governativa (LAG) da região chinesa para 2024.
O documento, revelado ontem, acrescentou que o objetivo da participação no encontro é “promover o novo modelo de desenvolvimento sinérgico entre as indústrias de Macau e de Hengqin” (Ilha da Montanha).
Hengqin é uma ilha adjacente a Macau, cuja gestão é assegurada em conjunto com a província vizinha de Guangdong e que inclui uma área económica especial, a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau.
Ontem, durante a apresentação das LAG aos deputados da Assembleia Legislativa (AL), o chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, prometeu “atrair mais empresas dos países de língua portuguesa para se estabelecerem na Zona de Cooperação Aprofundada”.
As LAG não revelam, no entanto, o local e datas para a realização daquele que será o 15.º Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
A última edição, realizada em julho de 2019, atraiu à capital de São Tomé e Príncipe cerca de 150 empresários da China continental, Macau, Portugal, Angola, Moçambique e Timor-Leste.
O evento foi organizado pela Agência de Promoção do Comércio e Investimento de São Tomé e Príncipe, pelo Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China e pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau.
Ho Iat Seng garantiu hoje que se irá realizar, também em 2024, a sexta conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau), adiada desde 2019.
O secretariado permanente do Fórum, com sede em Macau, integra nove delegados dos países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O chefe do executivo da região chinesa prometeu ainda organizar a sétima reunião da Comissão Mista Macau-Portugal e “reforçar a cooperação pragmática” com os países lusófonos em áreas como “energia, infraestruturas financeiras e economia digital”.
Ho referiu que o território vai reforçar a cooperação com as regiões vizinhas na China continental para organizar delegações empresariais aos países de língua portuguesa, “para a atração de investimento e intercâmbio especializado”.
Plataforma com Lusa