Num relatório de balanço da atividade desenvolvida no acontecimento religioso, publicado nesta segunda-feira, a APAV revela que “foram registadas quatro situações de suspeita de tráfico de pessoas, alegadamente praticado por empresas subconcessionadas de outras que foram contratadas para operar na JMJ”. O JN apurou, entretanto, que as alegadas vítimas estavam a trabalhar nos recintos onde decorreram as cerimónias religiosas e que o caso só foi denunciado à APAV já após o fim das festividades.
“Esta situação foi imediatamente comunicada à Polícia Judiciária para investigação”, confirma a assessora técnica da direção da APAV, Carla Ferreira. Pelo facto do caso estar ainda em segredo de justiça, esta responsável não avança qual era a empresa envolvida, nem os serviços que estavam a ser prestados pelas alegadas vítimas de tráfico de pessoas. “A empresa foi subcontratada por uma outra que, esta sim, tinha sido contratada diretamente pela JMJ”, explica.
Casos de importunação sexual e coação denunciados
O relatório revela, igualmente, que a APAV prestou apoio a três vítimas de importunação sexual durante a JMJ. “São casos de comentários e toques no corpo não apropriados ou não desejados, ocorridos nos recintos ou nas viagens nos transportes públicos, feitos por outros peregrinos”, descreve Carla Ferreira.
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