Os blindados, contudo, dificilmente serão colocados em combate tão cedo, segundo o chefe da inteligência militar ucraniana, general Kirilo Budanov. Em entrevista na semana passada ao site militar americano The War Zone, ele foi bastante realista sobre o emprego dos 31 Abrams doados por Washington no começo do ano.
Descrevendo a difícil contraofensiva ucraniana como um esforço que não vai a lugar algum sem novos equipamentos militares, Budanov afirmou que, se os Abrams forem apenas despachados para a linha de frente, “eles não vão sobreviver por muito tempo no campo de batalha”. “Eles precisam ser usado em operações de rompimento de linhas, mas muito bem preparadas”, disse.
Iniciada em 4 de junho, a contraofensiva fracassou em lograr um avanço decisivo. Budanov afirma que ela tem sido lutada basicamente por infantaria a pé, já que as defesas antitanque russas não permitem o trânsito de blindados.
“Nós chegamos à conclusão de que temos de mudar algo. Precisamos novas armas e capacidades, porque olhando para a situação apenas sob a perspectiva humana, os russos tem muito mais recursos humanos”, afirmou. “Por isso não podemos continuar lutando soldado por soldado. Isso não vai nos dar o resultado que queremos.”
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