Na prisão de Tocorón, no estado de Aragua, no norte do país, é um grupo criminoso que supervisiona as instalações, que incluem um zoológico, uma piscina e salas de jogos, segundo um jornalista de investigação, entrevistado recentemente pela agência de notícias France-Presse.
Em comunicado, o governo disse que a operação à prisão está em andamento para “desmantelar e acabar com os gangues do crime organizado e outras redes criminosas” que operam em Tocorón, a sede do gangue local mais poderoso da Venezuela, Tren de Aragua, envolvido no crime em todo o país e que espalhou os seus tentáculos pelas nações vizinhas.
Cinco mil membros e a espalhar o terror
O Tren de Aragua surgiu há cerca de uma década e está envolvido em raptos, roubos, tráfico de drogas, prostituição e extorsão. Também está envolvido em operações ilegais de mineração de ouro.
Segundo investigação da jornalista venezuelana Ronna Risquez, que segue há anos o rasto deste grupo criminoso, o gangue tem cerca de cinco mil membros.
O laboratório de ideias InSight Crime afirma que também é um o gangue é também um agente importante no contrabando de migrantes.
Risquez afirma à AFP que o gangue “aproveitou” as crises económicas e políticas sentidas na Venezuela na última década para expandir as operações e agora está presente em pelo menos outros oito países latino-americanos, acrescentando que a prisão de Tocorón está inteiramente nas mãos da gangue.
“Lá dentro, os homens armados que vi são prisioneiros pertencentes à organização. Eles guardam a prisão, não o Estado”.
Risquez descreveu a prisão como um “hotel” para os líderes de gangues, com banco, campo de beisebol, restaurante e até discoteca.
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