A reserva financeira da Região Administrativa Especial de Macau cifrou-se em 565,8 mil milhões de patacas (64,4 mil milhões de euros) no final de junho, de acordo com a informação publicada em Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).
Apesar de uma queda de 5,9 mil milhões de patacas (674,9 milhões de euros) em maio, a reserva financeira acumulou uma subida de 6,6 mil milhões de patacas (746 milhões de euros) na primeira metade de 2023.
A reserva financeira está a ter o melhor arranque de ano desde o início da pandemia, mas o valor permanece longe do recorde de 669,7 mil milhões de patacas (76,5 mil milhões de euros) atingido em fevereiro de 2021.
O valor da reserva extraordinária no final de junho era de 399,4 mil milhões de patacas (45,5 mil milhões de euros) e a reserva básica, equivalente a 150% do orçamento público de Macau para 2022, era de 152,1 mil milhões de patacas (17,3 mil milhões de euros).
A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 253,4 mil milhões de patacas (28,8 mil milhões de euros), títulos de crédito no montante de 127,5 mil milhões de patacas (14,5 mil milhões de euros) e até 176,5 mil milhões de patacas (20,1 mil milhões de euros) em investimentos subcontratados.
A reserva financeira tinha terminado 2022 com 559,2 mil milhões de patacas (63,3 mil milhões de euros), o valor mais baixo desde janeiro de 2019, justificado pela AMCM com “a crise geopolítica, o bloqueio de cadeia global de fornecimentos causado pela epidemia e a subida significativa das taxas de juros”.

A região chinesa, cuja economia depende do turismo, anunciou em dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições no âmbito da política ‘zero covid’ também implementada na China continental.
Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar de o Governo ter injetado mais de 90 mil milhões de patacas (10,2 mil milhões de euros) no orçamento.
No ano passado, as autoridades da região voltaram a transferir 68,2 mil milhões de patacas (7,7 mil milhões de euros) da reserva financeira para o orçamento público, que incluiu dois planos de apoio pecuniário à população.
A Assembleia Legislativa de Macau aprovou em novembro o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas (quatro mil milhões de euros).
Plataforma com Lusa