Denunciada pelos vizinhos (também ucranianos), Olena foi inicialmente capturada em outubro pela forças russas para revelar informações sobre o paradeiro do marido, militar ucraniano. Sequestrada em Enerhodar, na região de Zaporíjia, descreve o cenário de terror deixado pelos militares russos desde março de 2022, quando a cidade foi tomada pelas tropas de Moscovo.
Enerhodar tinha cerca de 53 mil habitantes antes da guerra, sendo conhecida por acolher a central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa. O presidente da Câmara, Dmytro Orlov, que se encontra exilado em Zaproíjia, garante que apenas restam 15 mil pessoas, em declarações ao “The Guardian”, que publicou a história da cidadã ucraniana.
Olena revela que um terço dessa população trabalha na cidade, com os militares russos a aterrorizarem não só os líderes da central nuclear, como também os civis. Segundo as estimativas de Orlov, pelo menos 500 pessoas foram sujeitas a sequestro e tortura, sendo os choques elétricos uma prática comum.
Olena Yahupova estava longe de ser um alvo. Funcionária da administração local, garante não ter participado em quaisquer protestos anti-Rússia. O único erro que cometeu foi não escapar rapidamente da cidade, por estar preocupada com os animais de estimação, contou ao jornal britânico. Acabou por ser levada por agentes do FSB para a esquadra da Polícia local.
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