Com base em registos de atividade sísmica e de satélite, bem como da avaliação de vários peritos, o New York Times avança que o colapso da barragem de Nova Kakhovka, ocorrido nas primeiras horas de dia 6, não foi um acidente. Além disso, a única parte que pode ter feito explodir a infraestrutura foi a ocupante, ou seja, a russa.
A investigação foi publicada quando o número de mortos em ambas as margens do Dniepre ascende a 45, além de 31 desaparecidos.
“As provas sugerem claramente que a barragem foi danificada por uma explosão desencadeada pelo lado que a controla: a Rússia”, escreveu a equipa do NYT. Por um lado, sensores sísmicos na Ucrânia e na Roménia detetaram grandes explosões no local, o que foi corroborado por testemunhos no local.
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Além disso, satélites dos serviços secretos americanos captaram sinais de calor por infravermelhos indicadores de uma explosão. Afastada a hipótese de colapso devido aos danos causados por ataques de um e outro lado à estrada que atravessava a barragem, ou de a estrutura ter cedido porque um fluxo descontrolado de águas passava por cima das comportas, restava compreender como é que a explosão pode ter ocorrido.
“A galeria é o sítio ideal para colocar essa carga explosiva”, disse o engenheiro geotécnico Michael W. West, uma opinião partilhada por mais dois engenheiros e um especialista em explosivos.
Como a galeria, ou passagem de manutenção, estava sob controlo russo, a suspeita cai para os homens de Moscovo.
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