O ataque russo de hoje contra um edifício residencial em Kryvyi Rih, na região de Dnipropetrovsk, sudeste da Ucrânia, provocou seis mortos e dezenas de feridos, segundo um novo balanço das autoridades locais.
“Infelizmente, seis pessoas já morreram. A operação de salvamento está a decorrer”, disse o chefe da administração militar de Kryvyi Rih, Oleksandr Vilkul, na rede social Telegram, citado pela agência ucraniana Ukrinform.
O Ministério do Interior ucraniano anunciou que as equipas de emergência tinham resgatado 12 pessoas.
O ataque ocorreu antes do amanhecer (hora local), quando um míssil atingiu um edifício de cinco pisos.
O balanço inicial era de três mortos e 25 feridos, mas as autoridades locais admitiram a possibilidade de haver mais vítimas mortais sob os escombros.
A cidade industrial de Kryvyi Rih, onde nasceu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zalenskey, tinha mais de 612 mil habitantes antes da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque na rede social Twitter, e prometeu que os autores serão responsabilizados.
“Os assassinos russos continuam a sua guerra contra edifícios residenciais, cidades e pessoas comuns. Infelizmente, há mortos e feridos. A operação de salvamento em Kryvyi Rih continua”, disse Zelensky.
“Os terroristas russos nunca serão perdoados e serão responsabilizados por cada míssil que lançarem”, acrescentou.
A porta-voz do comando Sul das forças armadas ucranianas, Nataliya Humenyuk, atribuiu o ataque ao objetivo russo de tentar destruir centros logísticos de apoio à contraofensiva lançada por Kiev.
“Infelizmente, estão a atingir edifícios residenciais”, disse a porta-voz, citada pela Ukrinform.
As forças ucranianas têm em curso uma contraofensiva no sul e leste do país que Zelensky admitiu, na segunda-feira, estar a ser difícil, mas com progressos.
Segundo Zelensky, a operação permitiu recuperar o controlo de sete localidades que tinham sido tomadas pelas tropas russas.
A contraofensiva foi possível graças ao armamento fornecido pelos aliados ocidentais da Ucrânia.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de forma independente de imediato.
O conflito na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
Além de fornecerem armamento a Kiev, os aliados ocidentais têm imposto sanções económicas à Rússia para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.
*Com Lusa