Os pedidos de empréstimo por parte das famílias e empresas portuguesas diminuíram nos primeiros três meses do ano, em comparação com o trimestre anterior, segundo o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
No caso dos clientes particulares, as instituições financeiras registaram um decréscimo da procura de crédito para comprar casa – fruto da subida das taxas de juro e da própria confiança dos consumidores – e uma “ligeira diminuição” no segmento de consumo, impulsionada pelo recurso às poupanças e pelas despesas de consumo de bens duradouros.
De acordo com o supervisor, os critérios de concessão de crédito às famílias mantiveram-se estáveis durante o primeiro trimestre de 2023. Neste período, os bancos reduziram os spreads (margem de lucro) nos “empréstimos para habitação de risco médio”, assim como nos “empréstimos para consumo e outros fins de risco médio e superior”.
“O custo de financiamento e as pressões concorrenciais contribuíram ligeiramente para reduzir os spreads em empréstimos de risco médio e, no crédito ao consumo e outros fins, o custo de financiamento e a perceção e tolerância de riscos contribuíram ligeiramente para reduzir os spreads nos empréstimos”, lê-se no relatório. As comissões e outros encargos, por seu turno, subiram moderadamente.
Quanto ao comportamento do mercado de crédito em Portugal no segundo trimestre, a instituição liderada por Mário Centeno antecipa para o segmento dos particulares a contínua redução da procura de empréstimos à habitação e a manutenção da procura para consumo e outros fins.
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