O Chefe do Executivo admitiu que Macau e o Luxemburgo podem reforçar “o intercâmbio e a cooperação na promoção da emissão de obrigações em renminbi”, no âmbito da colaboração financeira já existente entre as duas partes.
Ho Iat Seng, citado numa nota do Gabinete de Comunicação Social, lembrou num encontro com o primeiro-ministro luxemburguês, ontem, segunda-feira, que essa colaboração existe desde 2020, quando foi assinado o memorando de cooperação entre a Bolsa de Valores do Luxemburgo e a Transacção de Bens Financeiros de Chongwa, S.A, (Macau).
Destacou que um dos objectivos da visita ao Luxemburgo passa por aproveitar para aprender com a experiência de sucesso do país no “desenvolvimento do sector financeiro, a fim de contribuir para o desenvolvimento da indústria financeira moderna e a diversificação adequada da economia”.
“O sector financeiro é uma parte importante no aperfeiçoamento da estrutura industrial, e o funcionamento e sucesso da experiência da Bolsa de Valores do Luxemburgo são uma boa referência para o Governo da RAEM”, disse.
No encontro, o Chefe do Executivo apresentou as perspectivas de desenvolvimento do território e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau e assegurou que o investimento das empresas luxemburguesas é bem-vindo à cidade e a Hengqin, contribuindo “para facilitar a entrada de produtos no mercado da China”.
Ho Iat Seng recordou que a China e o Luxemburgo estabeleceram relações diplomáticas há mais de 50 anos, destacando “o respeito e a confiança mútuos entre os dois países” ao longo do período.
Já o primeiro-ministro luxemburguês sustentou que o país, como parceiro de cooperação de Macau, “continuará a impulsionar, de forma conjunta e dinâmica, o desenvolvimento da diversificação industrial, e as duas partes poderão aprofundar, em breve o intercâmbio na cooperação financeira”.
Para Xavier Bettel, o Luxemburgo e Macau “podem reforçar a relação de colaboração em várias áreas, especialmente no comércio”, mas lembrou que “o desenvolvimento sustentável não pode depender apenas de um único sector”.
Reconheceu que o Luxemburgo tem “um bom desenvolvimento” financeiro, mas admitiu ser necessário promover outros sectores para estabilizar a economia em geral e, nesse sentido, o país “gostaria de partilhar” essa “experiência com Macau”.
Bettel acrescentou que o Luxemburgo e Macau “têm muitas semelhanças, nomeadamente, o número de população, e apesar da sua pequena dimensão geográfica possuem um Produto Interno Bruto muito alto”.
O primeiro-ministro do Luxemburgo assinalou que a China é um parceiro de cooperação de longa data e as relações entre os dois países foram “sempre muito amigáveis”.
