As relações históricas, sociais e culturais entre Portugal e Brasil são inevitavelmente vigorosas, por força de mais de 500 anos de ligação. As relações políticas, depois da estagnação sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, parecem, com a eleição de Lula da Silva, fortalecer-se. E as relações económicas, como vão? “Mais ou menos”, diz um especialista ao DN/Dinheiro Vivo. Em resumo, o Brasil exporta muito de Portugal mas importa pouco. E investe razoavelmente no pequeno país europeu, ao contrário dos lusitanos em terras de Vera Cruz.
“No campo dos investimentos de brasileiros em Portugal há áreas localizadas mas pesadas: nomeadamente, o imobiliário, e não apenas pela questão do visto, mas também tendo em conta preços convidativos e investimentos a olhar para o médio prazo”, sublinha Leonardo Trevisan, professor de Economia e Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo.
“Há também a área agroalimentar e ainda a área das franquias brasileiras que estão atentas não somente aos brasileiros que moram em Portugal, mas aos próprios portugueses e ao mercado digital”, diz ao DN/Dinheiro Vivo.
“No fim das contas”, destaca o académico, “o Brasil é o terceiro país não europeu em investimento em Portugal, o que é relevante, ainda para mais se levarmos em consideração que só perde para os gigantes Estados Unidos e China”.
A relação oposta, pelo contrário, tem muito caminho a percorrer, diz Trevisan. “De Portugal para o Brasil o investimento é pequeno: em 2021 foi de meros 88 milhões de euros e em 2022 cresceu para 127 milhões, mas ainda muito abaixo do possível se compararmos com outros países com dimensão e PIB equivalentes ou até abaixo de Portugal”.
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