A Finlândia decidiu aderir à NATO quando viu que Vladimir Putin ameaçava não só a Ucrânia, mas qualquer país que pretendesse ingressar na aliança militar ocidental. O presidente russo passou a ser “totalmente imprevisível”, o que mantém aberto o risco de uma guerra nuclear.
A análise desassombrada do intrincado cenário da segurança mundial após mais de 13 meses de Guerra da Ucrânia foi feita à Folha pelo secretário permanente do Ministério da Defesa finlandês, o general Esa Pulkkinen, no início da noite de segunda (10) em um hotel no Rio de Janeiro.
O número 2 da pasta está no Brasil para participar da LAAD, a maior feira de defesa da América Latina, que começa nesta terça (11). Aos 65 anos, ele tem longa experiência militar e política —chefiou o Estado-Maior de países da União Europeia e comandou unidades das Forças Armadas de seu país.
“Quando Putin começou a falar no fim de 2021 sobre a proteção dos interesses de segurança da Rússia, especialmente a expansão da NATO, é claro que ele mirava a Ucrânia, mas a interpretação na Finlândia foi de que qualquer país estaria sujeito a ações”, afirmou ele, que assumiu o posto semanas antes da guerra.
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