Na sexta-feira passada, o banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB) (o 16º maior dos EUA) foi à falência e o medo de uma crise financeira regressou à agenda.
Ontem, o medo real instalou-se na Europa com o colapso em bolsa de um dos gigantes europeus, o Credit Suisse; e fez emergir muitas perguntas ainda por responder sobre quão estável e sólido está esse banco, o mercado europeu, sobre se há ou não ligações perigosas e eventuais contágios a outras instituições bancárias na zona euro.
Hoje (quinta-feira, 16), o Banco Central Europeu (BCE) dizia que era sua “intenção” subir as taxas de juro, como prometeu, de 3% para 3,5% (taxa central de refinanciamento) e a taxa de facilidade de depósito de 2,5% para 3%, a mais usada pelos bancos comerciais do euro para captarem financiamento do BCE, atualmente. Mas a pressão para não o fazer é elevadíssima.
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Muitos peritos recomendam uma subida pela metade: 0,25 pontos percentuais, em vez dos prometidos 0,5 pontos.
Ou então que o BCE enverede pela abertura de linhas dedicadas e especiais de financiamento mais barato, só para os bancos se orientarem neste momento conturbado e os mercados acalmarem um pouco.
Mas, resumindo, analistas dos mercados financeiros consideram que, avançar na subida de juros, como se nada de mau e novo estivesse a acontecer no setor bancário, é um erro.
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