O primeiro dia de 2023 no Brasil não se esgotou com a tomada de posse, acompanhada com atenção pelo mundo, de Lula da Silva: já sob poucos holofotes internacionais, corria a madrugada em Portugal, os 37 ministros do novo governo assumiram os respetivos cargos num Executivo muito maior, mas também muito mais diverso, do que aquele que, a 1 de janeiro de 2019, foi escolhido por Jair Bolsonaro.
Comecemos pela dimensão: Lula 3, como vem sendo chamado pela imprensa o governo que agora inicia funções, supera em tamanho Lula 1, aquele que assumiu em 2003, e Lula 2, iniciado em 2007, com 30 e 32 ministros, respetivamente. Só o segundo governo de Dilma Rousseff, empossado a 1 de janeiro de 2015, com 39, era maior do que o atual.
Não há, entretanto, medida exata para o sucesso de um governo, porque se esse, obeso, terminou antes do tempo com o impeachment da presidente um ano e meio depois, em 2016, também o mais magro de todos, o de Collor de Mello, com apenas 12 ministros, foi derrubado, em 1991, menos de dois anos depois de ter começado.
A justificação de Lula para liderar 14 ministérios a mais em relação ao governo Bolsonaro, que até começaria com 22 e só depois passaria a 23, foi a constituição de “uma frente ampla de partidos”, da esquerda ao centro-direita, cada um dos quais a reivindicar uma ou mais pastas.
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