O Brasil terá um excedente comercial de cerca de 70 mil milhões de euros em 2023, 14,3% mais do que em 2022 e um novo recorde para o país, segundo projeções divulgadas na terça-feira por fontes da indústria.
A marca prevista para o próximo ano ultrapassará a de 2020, quando o excedente da balança comercial da potência sul-americana era de cerca de 60 mil milhões de euros, até agora o maior do país.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Externo (ABC), embora seja um novo recorde, é um excedente “negativo”, porque é o resultado da queda tanto das exportações como das importações.
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Segundo as projeções dos empregadores, as exportações cairão 2,3% em 2023.
O declínio será mais acentuado para as importações (-6,2%).
A guerra na Ucrânia, as elevadas taxas de juro nos Estados Unidos e os problemas na China devido à covid-19 podem ter um impacto negativo nos resultados da balança comercial.
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Produtos como a soja, petróleo e minerais comercializados no mercado internacional continuarão a impulsionar a economia do Brasil, com 35,7% das exportações estimadas para 2023, mas os preços poderão cair devido aos fatores acima mencionados.