Além da sua gastronomia, Macau tem sido um cenário cada vez mais pioneiro na implementação de medidas inovadoras referentes à sustentabilidade. Um dos grandes exemplos locais prende-se com a empresa It’s Pure Productions, do casal Samuel Power e Sandra Bastos. A mesma possui o único tanque aquapónico licenciado localmente e prime-se pela implementação de práticas sustentáveis, trabalhando com as autoridades governamentais para incutir o conceito da sustentabilidade na sociedade.
Aquaponia é um método sustentável de criação de peixes e vegetais que combina a cria ção destes animais em tanques (recirculação de aquacultura) com a cultura de plantas sem solo (hidroponia). Este tipo de agricultura é capaz de fornecer mais alimentos com menos água, terra e mão de obra do que a agricultura tradicional.
Para o australiano Samuel Power, o seu “sonho” tornou-se realidade há dois anos e meio, quando fundou o negócio. A tarefa de gerir a empresa tem sido “desafiante”, porém, apesar dos obstáculos encontrados, o casal considera o projeto como sendo o “mais recompensante das nossas vidas”. “Isto é algo que Macau precisa e é o futuro”, explica Power ao PLATAFORMA.
Para o responsável, grande parte do mundo “já está a avançar na direção da sustentabilidade”, sendo o projeto “altamente benéfico para a cidade”.
A componente prática de hábitos sustentáveis é algo alastrado à vida pessoal e profissional do empresário australiano. “Qual quer um pode ter isto na sua residência: um recipiente com umas luzes e algumas sementes. Podem semear isto na própria cozinha para o uso diário.
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Utilizo os meus produtos todos os dias e ensino os meus filhos sobre nutrição e alimentação saudável”, divulga.
Um dos focos da It’s Pure Productions é, efetivamente, a colaboração com outras instituições de ensino superior, de maneira a criar a consciêncialização em torno do tema. “É
nesta direção que queremos levar a empresa, para trabalhar com o Governo e com as escolas, de modo a educar as crianças e trazê-las aqui”, refere inicialmente Samuel, acrescentando ser “importante” educar os alunos que vão entrar para o ensino superior, de maneira “a instruir-lhes acerca da agricultura vertical ou urbana”.
Ao viverem num contexto citadino, muitas crianças a viver em Macau “não sabem o que é agricultura, muito menos agricultura urbana”, salienta.
“Isto é algo que podem vir aqui aprender, percebendo o processo da agricultura. Uma maneira de levar o conceito para a frente é ensinar as crianças sobre nutrição”, esclarece, sublinhando a importância de projetos como o seu para incentivar a criação de “mais quintas em Macau, mais quintas em terraços e mais educação nas escolas sobre o tema”.
“Isto parece um processo muito difícil, mas na realidade é algo fácil de fazer”, justifica
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