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Banco Africano de Desenvolvimento quer China em projetos de energia renovável

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) procura maior apoio da China para obter investi mentos em energias renováveis em África, revela Daniel Schroth, diretor do Departamento de Energias Renováveis e Eficiência Energética da instituição financeira.

O mesmo responsável refere que, devido à enorme experiência e know-how em energia renovável da Cooperação Sul–Sul, é importante para o banco reforçar as suas parcerias com alguns países asiáticos, incluindo a China. “Há que reconhecer que o gigante chinês, nos últimos anos, registou uma expansão na sua capacidade de gerar energia renovável. É um feito notável e é algo com que a África pode aprender”, sublinha.

Daniel Schroth enaltece ainda que o país liderado por Xi Jinping, um membro não regional do BAD, tem cooperado com o banco para capitalizar o fundo Africa Growing Together para criar projetos em energia e respetivas infraestruturas.

“Estamos cientes do potencial para aumentar ainda mais esta cooperação, com capacidade para um foco específico em planos com energias renováveis, que são críticos numa perspetiva de integração”, enaltece Schroth.

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Constanta também o potencial do gigante asiático no que toca a recursos hídricos, solares, energia geotérmica ao longo do Vale do Rifte da África Oriental e energia eólica, tanto offshore como onshore, apontando que proporciona grandes oportunidades de cooperação entre as partes interessadas. Schroth acrescenta ainda que, desde 2016, “mais de 86 por cento dos nossos investimentos na produção de energia têm sido canalizados em energias renováveis”.

“Vemos isso como uma enorme oportunidade para África usar algumas destas tecnologias para o desenvolvimento do seu continente”, especifica.

O mesmo responsável esclarece também que o BAD lidera o aproveitamento destes recursos para atingir os objetivos de crescimento de África. Por exemplo, através do projeto “Do Deserto à Energia”, o BAD quer que 250 milhões de africanos possam ter acesso à eletricidade até 2030. Além disso, o banco encetou, no início de maio, uma
parceria com o Governo de Moçambique para um projeto hidroelétrico de 1.500 MW.

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