Quando surgiu, em 1972, o Porsche 911 Carrera RS 2.7 causou espanto pela opção de um “spoiler” avantajado na traseira, o que lhe valeu a alcunha de “cauda de pato”. Mais relevante, porém, foi o seu estatuto como o automóvel de produção alemão mais rápido da sua era.
Concebido inicialmente como um especial de homologação (condição necessária para a sua utilização nalgumas competições), o 911 Carrera RS 2.7 foi pensado para responder a condições como o baixo peso (tendo um interior reduzido ao essencial, com bancos desportivos mais leves, por exemplo) e a eficácia dinâmica, não faltando também um exaustivo trabalho aerodinâmico para que a velocidade fosse a mais elevada possível. Um dos atributos que se tornou icónico foi o “spoiler” traseiro, dando início a uma tendência na indústria automóvel entre os fabricantes de desportivos. Através de diversos testes, os engenheiros da marca perceberam que a extensão do “spoiler” traseiro incrementava a carga aerodinâmica atrás (a forma como era empurrado para o solo) sem penalizar o arrasto. “Naquela época, pensei que o “spoiler” era apenas uma solução para um problema técnico. Demorei muito tempo a perceber que tínhamos criado um ícone”, explicou Hermann Burst, co-criador daquele dispositivo.
Primeiro Carrera
Devido à ligação com as pistas, foi o primeiro a receber a denominação Carrera, sendo a “coroa” da gama Porsche à data do seu lançamento, trazendo para a estrada alguns dos ensinamentos obtidos nas corridas. O plano inicial previa a produção de 500 exemplares, de forma a homologar o 911 Carrera RS 2.7 como um veículo de competição do Group 4 Special GT. Porém, após a apresentação no Salão de Paris de 1972, o entusiasmo foi tanto que as 500 unidades previstas esgotaram em pouco mais de um mês. No total, face à procura, foram construídos 1580 exemplares, divididos entre diferentes especificações.
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