Na última reunião do Conselho Superior de Segurança Interna (CSSI) – que juntou as polícias, serviços de informações, serviços prisionais, Ministério Público e ministros das tutelas – foi notada a especial apreensão do primeiro-ministro, António Costa, com os números da criminalidade juvenil que iam sendo apresentados pelo secretário-geral de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro.
A subida registada em 2021 foi o tema mais discutido nesse encontro realizado no passado dia 25 de maio, quando foi apresentado o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).
Três fontes distintas que participaram no CSSI confirmaram ao DN que António Costa, a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, e o deputado designado pela Assembleia da República, o social-democrata André Coelho Lima, intervieram particularmente sobre esta matéria, manifestando a sua preocupação.
Foi a partir deste CSSI e perante, não só dos dados conhecidos de 2021, mas também verificando um crescendo de casos que têm sido noticiados já este ano reveladores e uma especial violência e uso de armas fatais, principalmente esfaqueamentos, mas também com uso de armas de fogo, por parte dos jovens, que o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, se propôs a aprofundar o conhecimento sobre as causas e a procurar medidas para travar o fenómeno dos gangues juvenis que, apesar de serem uma realidade em muitos outros países, começou a atingir a perceção de segurança dos portugueses.
Com este objetivo, o ministro está a preparar a criação de uma “equipa especial multidisciplinar”. O gabinete de José Luís Carneiro assinala que “apesar de a taxa de criminalidade geral registada nos primeiros quatro meses de 2022 ser inferior à do período homólogo de 2019 (pré-pandemia), o que tem ocorrido nestes meses indicia ser praticada com maior severidade”.
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