Os centros de emprego do Algarve integraram em março no mercado de trabalho seis vezes mais desempregados do que um ano antes, com a região quase a atingir o número de colocações alcançado no arranque da primavera de 2019, antes da chegada da pandemia.
No mês passado, os centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) em Loulé, Faro e no Barlavento viram 1171 desempregados inscritos de volta ao trabalho, num crescimento de 501% face às 195 colocações de um ano antes, segundo estatísticas mensais dos centros de emprego publicadas quarta-feira.
O crescimento é sobretudo forte em Loulé, que consegue no mês antes da Páscoa colocar no mercado de trabalho mais pessoas do que aquelas cujas inscrições no desemprego recebe ao longo do mês, contrariamente ao que sucedeu em 2021. Face há um ano, as colocações de março sobem 1700%, para 560. Neste mês, o centro de emprego local recebeu o registo de 549 novos desempregados.
Mas, apesar da subida, ainda não há uma recuperação completa para esta região fortemente dependente do turismo. Em março de 2019, os centros de emprego do Algarve colocavam 1403 desempregados.
O ritmo de inscrição de novos desempregados mantém-se também no Algarve ainda mais elevado que antes da pandemia com 1946 novos registos no mês passado, mais 10% que no mesmo mês de 2019. O total de desempregados com inscrição ativa estava no final de mês em 18 589, também mais 20% que antes da pandemia.
Além do Algarve, a Madeira e os Açores melhoram consideravelmente a inserção de desempregados, que cresce 101% e 52%, respetivamente, face a março de 2021. As duas regiões autónomas superam também já os registos pré-pandemia.
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