O acordo alcançado para que a Supertaça espanhola fosse jogada na Arábia Saudita foi esmiuçado pelo jornal espanhol El Confidencial e as conclusões do trabalho foram divulgadas esta segunda-feira. A RFEF, Federação Espanhola de Futebol, e a empresa Kosmos, que é detida por Gerard Piqué, chegaram a um acordo com a companhia pública saudita Sela para que a prova fosse levada para aquele país e a publicação referida revela quanto ganhou o defesa-central do Barcelona em comissões.
Segundo a reportagem, o negócio ficou fechado por 40 milhões de euros por cada edição da Supertaça na Arábia Saudia. E a Kosmos ganha quatro milhões por cada um delas. Como o acordo foi de seis anos, Piqué mete ao bolso 24 milhões de euros.
O El Confidencial divulgou áudios de conversas entre Luis Rubiales, o presidente da RFEF, e Piqué, em que o líder da Kosmos tenta convencer o dirigente a, por sua vez, convencer o Real Madrid – clube que estava reticente relativamente à ida da Supertaça para a Arábia – a aceitar o acordo.
“Rubi, se é um problema de dinheiro, se eles [o Real Madrid] por 8 milhões de euros iriam, caramba, então paga-se 8 [milhões] ao Real Madrid e 8 ao Barcelona. Aos outros paga-se 1 ou 2… São 19, a federação ainda fica com 6. Entre ficar com seis ou com nada… Apertamos a Arábia Saudita, dizemos que o Real Madrid não aceita ir e sacamos mais”, referiu Piqué.
Mas antes da ideia de rumar à Arábia Saudita (2019), Rubiales e Piqué já tinham conversado em 2018 sobre a possibilidade de a Supertaça se jogar em Camp Nou. E num áudio divulgado pelo jornal referido, ouve-se a conversa entre os dois.
“Vou ver isto com o Real Madrid. Penso que vão dizer-me que não, vai ser complicado justificar. Dizemos que é o estádio com maior capacidade, que é campeão da liga, vencedor da Taça… Legitimidade temos”, dizia o presidente da Federação Espanhola em conversa com o internacional espanhol.
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