O resistente cacto, que aprecia calor e aridez e é adaptado a terrenos rudes, pode não parecer uma possível vítima da mudança climática. No entanto, mesmo esses sobreviventes espinhosos podem estar perto de atingir seus limites conforme o planeta ficar mais quente e seco nas próximas décadas, de acordo com pesquisa publicada na quinta-feira (14). O estudo avalia que, em meados do século, o aquecimento global poderá colocar 60% das espécies de cactos em maior risco de extinção.
Essa previsão não leva em conta a extração ilegal, a destruição do habitat e outras ameaças causadas pelo homem que já fazem dos cactos um dos grupos de organismos mais ameaçados do mundo.
A maioria das espécies de cactos “está de alguma forma adaptada aos climas e ambientes em que vivem”, disse Michiel Pillet, estudante de doutorado em ecologia e biologia evolutiva na Universidade do Arizona, que liderou o novo estudo, publicado na revista Nature Plants. “Até mesmo uma pequena mudança pode ser demais para eles se adaptarem em escalas de tempo mais curtas.”
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