70
Jair Bolsonaro (PL), familiares e o seu governo acumulam uma série de casos de suspeita de corrupção, além de colecionarem ações no sentido de barrar investigações e esvaziar instituições de fiscalização e controle.
Veja abaixo uma lista de episódios envolvendo o presidente da República e pessoas próximas a ele.
AS SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO SOB BOLSONARO
Funcionários fantasmas e rachadinhas nos gabinetes da família
- O caso: Embora seja de período anterior à sua chegada à Presidência, há diversos relatos, investigações e documentos que levantam a suspeita de que Jair Bolsonaro e dois de seus filhos parlamentares, Flávio e Carlos, tenham mantido por anos funcionários fantasmas e esquema de “rachadinha” (apropriação de parte dos salários de servidores) em seus gabinetes. Em março, o Ministério Público do DF apresentou à Justiça uma ação pedindo a condenação do presidente por improbidade administrativa no caso Wal do Açaí, revelado em reportagem da Folha de 2018. Outras reportagens da Folha e de outros órgãos de comunicação como as revistas Época e Veja e o jornal O Globo também mostraram fortes indicativos de funcionários fantasmas e rachadinhas nos gabinetes da família.
- O que Bolsonaro disse e fez? Os Bolsonaros sempre negaram irregularidades, mas quase nunca responderam de forma direta às evidências dos supostos esquemas. Flávio e a família trabalharam também para barrar as investigações sobre o esquema das rachadinhas.
O caso Queiroz e o cheque na conta da primeira-dama
- O caso: Em dezembro de 2018, o jornal O Estado de S. Paulo revelou documento do Coaf apontando movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio, além do depósito de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
- O que Bolsonaro disse e fez? A família Bolsonaro e Queiroz sempre deram evasivas ou afirmações desencontradas para tentar explicar a história, cujas idas e vindas incluíram a prisão de Queiroz quando ele se escondia na casa do advogado dos Bolsonaros Frederick Wassef, além da versão de Queiroz de que o dinheiro era proveniente da compra e venda de carros. Michelle nunca se manifestou sobre o caso. Bolsonaro disse que o cheque era parte do pagamento de uma dívida de R$ 40 mil com Queiroz, embora nunca tenha mostrado documentos ou extratos bancários comprovando isso. Quebra de sigilo revelada pela revista Crusoé mostrou que os depósitos de Queiroz na conta da primeira-dama somaram R$ 89 mil
Leia mais em Folha de S. Paulo